O desempenho magnético de Elizabeth Olsen nos episódios de abertura de WandaVision prova o quanto Scarlet Witch foi perdida em suas aparições anteriores.
Olsen sendo ignorada no MCU tem muito a ver com como seu personagem foi escrito. Fazendo sua estreia em Vingadores: Idade de Ultron de 2015 , Scarlet Witch passou grande parte do filme como uma antagonista, usada primeiro por Hydra e depois pelo monstro robô titular. Esse filme dá um esboço esqueletal das origens de Wanda e a vê eventualmente se aliar aos Vingadores, mas dá a ela pouco tempo para lidar com a perda de Pietro, gêmeo de Wanda e último membro remanescente da família. Capitão América: Guerra Civil usa Wanda como uma espécie de McGuffin, tendo sua destruição acidental em Lagos levando à criação dos Acordos de Sokovian e reduzida a uma perigosa "arma de destruição em massa" por Tony Stark. Vingadores: guerras do infinito apresenta algumas cenas adoráveis e, em última análise, comoventes entre Wanda e Vision, mas o namoro ocorre fora da tela e a tristeza de Wanda pela perda de seu amante sinttezóide é quase imediatamente interrompida pelo Snap de Thanos.
No entanto, parece que Kevin Feige e Marvel Studios estão finalmente abrindo espaço para Wanda e Elizabeth Olsen. Depois de provocar o incrível poder do personagem durante seu duelo memorável com Thanos em Avengers: o clímax da festinha CGI do Endgame , o MCU parece dedicado a fazer de Wanda uma jogadora proeminente na Fase 4, começando com WandaVision . A série é uma mudança selvagem para o MCU, abraçando tradições de sitcoms americanos clássicos para um estudo de personagem Scarlet Witch. O show trippy é claramente um playground para Olsen, que habilmente gira de uma comédia ampla hilariante a sequências assustadoramente assombradas que não estariam fora de lugar em um episódio de The Twilight Zone .
WandaVision é uma vitrine eficaz para Olsen porque finalmente interroga a dor muitas vezes marginalizada de Wanda, tão central em sua vida trágica. No episódio 3 de WandaVision , fica claro que Wanda de alguma forma construiu seu fantástico País das Maravilhas da TV para lidar com suas perdas consideráveis. A trilha de risos persistentes do show e os hijinks malucos servem a Wanda enquanto ela tenta manter sua fantasia viva, mas há um grande sentimento de tristeza quando se considera quanta realidade devastadora ela precisa suprimir - tornada ainda mais potente pela performance excepcionalmente multifacetada de Olsen .
Também deve ser dito que WandaVision marca um compromisso renovador com as heroínas do MCU, que historicamente têm sido mal servidas. Enquanto o Capitão América, Homem de Ferro e Thor tiveram trilogias inteiras para detalhar os arcos de seus personagens, as origens de Carol Danvers foram nubladas com a perda de memória no Capitão Marvel e o personagem é reduzido de forma semelhante a uma trama em Vingadores: Endgame. O passado da Viúva Negra é igualmente misterioso (pelo menos até o lançamento de seu filme solo) e ela acaba sendo morta, em parte para servir às histórias de seus companheiros de equipe. Talvez um foco mais forte na história de Wanda indique que o estúdio está comprometido em contar histórias que permitam que suas heroínas possuam agência e sejam tão complicadas e confusas quanto seus colegas homens. Como a segunda e mais duradoura Vingadora feminina da MCU, o tempo de Wanda para uma explicação mais profunda já deveria ter sido feita.
O material de marketing da WandaVision aludiu a uma " Nova Era Visionária " para o MCU e, considerando a história da franquia com a marginalização de alguns de seus supostos personagens mais atraentes, talvez uma mudança de ritmo realmente seja necessária. O show examina com inteligência Wanda depois de anos vivendo nas sombras de um universo maior, jogando com o talento de Elizabeth Olsen e seu compromisso com o trabalho. Simplesmente dando a Olsen material para explorar a frequentemente esquecida Scarlet Witch, a Fase 4 já teve um grande começo.
