10 curiosidades sobre John Constantine

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Uma das grandes mudanças na adaptação de Sandman da Netflix é a substituição do mago John Constantine por Johanna Constantine. Nos quadrinhos, Johanna é uma ancestral de John nascida no século XVIII, que apareceu pela primeira em um dos arcos de Sandman, “A Casa de Bonecas”.

Essa mudança precisou aconteceu, de acordo com Neil Gaiman, porque “os direitos de John Contantine estão muito limitados no momento”. O principal motivo é que a HBO Max tem trabalhado em uma série do personagem, que pode estar conectada com um outro projeto do streaming: a Liga da Justiça Sombria. Pois é, embora não tenha aparecido em “Sandman”, John Constantine pode estar chegando por aí, e no vídeo de hoje trazemos 10 fatos sobre esse personagem.

10 – Apareceu pela primeira vez na Saga do Monstro do Pântano

A primeira aparição de John Constantine aconteceu nas páginas da Saga do Monstro do Pântano, de Alan Moore. O investigador ocultista está seguindo uma pista que alerta para um grande evento sobrenatural no horizonte. Sem muito o que fazer, ele visita vários contatos, tudo em vão. Suas viagens eventualmente o levam ao Monstro do Pântano, onde ele estabelece um relacionamento com o protagonista antes de partir com a promessa de ajudar o Monstro do Pântano a aprender mais sobre o que ele é.

Desde o início, Constantine foi o epítome do cara descolado; um produto da Inglaterra com cabelos penteados para trás e uma profunda desenvoltura. Seus contatos pareciam praticamente ilimitados, com o especialista visitando Londres, Wisconsin e Washington para obter os fatos necessários sobre o evento que estava por vir.

8 – Membrana Mucosa

Em sua juventude, Constantine, sob o nome artístico de “Johnny Con-Job”, era o vocalista de uma banda punk chamada Membrana Mucosa. De acordo com o próprio Constantine, eles não eram muito bons, embora não fossem piores do que as dezenas de outras bandas imitando o Sex Pistols.

A razão pela qual a Membrana Mucosa se separou varia de uma série para outra. No atual Universo DC, isso aconteceu pelo uso de magia por Constantine como parte de um show, o que fez com que sua colega de banda e namorada, Veronica Delacroix, desaparecesse do mundo físico até que ela se tornasse um espírito desencarnado. Nos quadrinhos clássicos da Vertigo, tinha mais a ver com o incidente de Newcastle e o subsequente período de John preso em Ravenscar.

7 – A Tragédia de Newcastle

A maior tragédia da vida de John Constantine acontece no início de sua carreira como mago freelancer, quando ele ouve falar de coisas ruins acontecendo no Casanova, um clube em Newcastle onde ele costumava tocar com sua banda. O dono do clube estava envolvido com o mesmo tipo de magia das trevas que John estava, mas suas tendências eram muito mais perturbadoras e envolviam abusar de sua filha, Astra Logue. Para se proteger dos abusos, Astra inconscientemente conjurou o cão infernal Norfulthing, que depois de ser convocado, faz com o dono do clube e seus “convidados”, bem, exatamente o que eles fizeram com Astra, além de arrancar suas cabeças, fazendo no Casanova uma chacina.

Para lidar com o Norfulthing, John reuniu uma equipe de seis outros ocultistas, e ele apresentou o plano não tão brilhante de convocar um poderoso demônio para matar o monstro de Astra. Claro que isso não correu bem. Embora o ritual estivesse correto, Constantine falou o nome errado do demônio e, como o nome é o que fornece controle, ele essencialmente desencadeou uma força horrível e faminta sobre si mesmo, seus amigos e a pobre Astra.

O demônio, Nergal, de fato destruiu o Norfulthing, mas então se voltou contra John e seus amigos. Astra teve sua alma condenada e foi arrastada para o inferno, enquanto John segurava sua mão. O resto do grupo de John ficou traumatizado, com todos eles encontrando destinos terríveis antes de suas almas serem condenadas também. Quanto a John, ele conseguiu evitar a condenação eterna (desta vez), mas acabou sofrendo seu próprio inferno pessoal pelos próximos anos.

6 – Ravenscar

Quando John emergiu de um incêndio segurando uma mão decepada e falando sobre um demônio que o arrastou para o inferno, é claro que ele acabou sendo levado para o Complexo de Segurança Ravenscar, uma terrível instalação para criminosos insanos.

Por estar envolvido em um evento que ocasionou a morte de várias pessoas, incluindo uma criança, Constantine era espancado e torturado pelos médicos sob o pretexto de “tratamento”, sendo a “terapia” eletroconvulsiva uma de suas táticas favoritas. Tudo isso só serviu para amplificar sua auto-aversão e a culpa que sentia por seu plano ter dado tão errado.

O período de John em Ravenscar durou dois anos, mas a memória dos eventos que o levaram até lá e o tratamento que recebeu em suas paredes o perseguiriam pelo resto de sua vida, tanto em um sentido metafórico quanto, às vezes, assustadoramente literal.

5 – Sandman

John Constantine também aparece na terceira edição da obra Sandman, de Neil Gaiman. Na história, Sonho descobre que o mago vigarista tomou posse de sua algibeira de areia durante o tempo em que ele esteve preso. Escapando nos dias modernos, Sonho se propõe a reconstruir seu reino e desfazer os erros de seu passado. Ele rastreia Constantine em Londres, e o mago se junta a ele em uma busca para recuperar a algibeira, que foi roubada por sua ex-namorada.

Ancestral do anti-herói, a aristocrata do século 18 Johanna Constantine também desempenhou um papel na história de Sonho, cruzando caminhos com a entidade antropomorfizada em 1789. Chamada para recuperar a cabeça do filho de Sonho, Orfeu, dos cadáveres da Revolução Francesa, ela iria encontrá-lo várias vezes depois.

4 – Ele é bissexual

Embora Constantine tenha uma reputação de mulherengo, a verdade é que o personagem é bissexual. Ao longo de sua publicação, acabou sendo revelado que Constantine, apesar de sua forte inclinação por mulheres, também se sentia atraído por homens. No arco de cinco edições “Cinzas e Pó na Cidade dos Anjos”, é revelado que ele já teve um relacionamento amoroso com Stanley Manor, um mago homossexual que mais tarde guarda rancor contra John.

Para ambas as adaptações live-action dos personagens, Hollywood optou por não tornar o personagem bissexual. David S. Goyer, produtor executivo da série de TV “Constantine”, mais tarde ficaria na defensiva sobre o assunto, dizendo que, embora a versão de Matt Ryan do personagem nunca tenha sido retratada como bi, isso também nunca foi descartado.

Porém, quando essa versão de Constantine migrou para o canal CW, fazendo parte da série Legends of Tomorrow, a bissexualidade de Constantine foi finalmente explorada. Isso inclusive tem acontecido até mesmo no campo das animações: em Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips, é revelado que o Constantine já teve um caso até com o Tubarão-Rei. Pois é.

3 – Liga da Justiça Sombria

Quando a Liga da Justiça sofre uma derrota nas mãos da feiticeira conhecida como Magia, Constantine e Zatanna unem forças com Desafiador, Madame Xanadu, Distorção Mental e Shade, o Homem-Mutável, para enfrentar os inimigos mágicos que a Liga da Justiça não conseguiria. Surgia assim, a Liga da Justiça Sombria.

A Liga da Justiça Sombria não teve só essa formação, no entanto. Outros personagens místicos como Orquídea Negra, Vingador Fantasma, Frankenstein e até o Monstro do Pântano, participariam da equipe.

2 – A “Filha” de John Constantine

Constantine foi originalmente apresentado como um personagem coadjuvante para o Monstro do Pântano e, embora tenha tido muito sucesso por conta própria, inclusive estrelando a série mais longa da Vertigo com 300 edições, ele sempre teve essa associação. Há outra razão pela qual esses personagens sempre estarão ligados.

A Saga do Monstro do Pântano de Alan Moore é, em sua essência, um romance entre a criatura e sua esposa, Abby Arcane. Em um ponto, depois de algumas circunstâncias místicas bastante complicadas que envolveram a criação de uma “semente” que combinaria a essência vegetal do Monstro com uma alma humana, Abby e o Monstro do Pântano decidiram ter um filho. O problema era que o Monstro do Pântano era… bem, um monstro do pântano.

Porém, ele tinha a capacidade de assumir o corpo de outra pessoa usando esporos de plantas, e alguém que lhe devia vários favores. Com isso em mente, Monstro do Pântano assumiu o corpo de John Constantine e o usou para engravidar Abby com sua filha, Tefé. Como uma híbrida de humana e planta, Tefé tem uma conexão com os reinos do Verde e do Vermelho, dando-lhe poder sobre a vida vegetal e os animais, respectivamente. Devido ao sangue contaminado de seu pai biológico, John Constantine, ela também tem uma mancha em sua alma que faz com que os demônios do inferno possam rastreá-la.

1 – Encontros com seus criadores

É comum que certos escritores se envolvam tanto em seu trabalho que possam ver suas influências ao seu redor, mas realmente afirmar que conheceu sua própria criação é um caso à parte.

De acordo com Alan Moore, Constantine não é apenas uma invenção de sua imaginação. Conversando com a revista Wizard em 1993, ele alegou que encontrou Constantine enquanto estava sentado em uma lanchonete em Londres. Ele diz que o homem em questão sorriu e acenou para ele antes de sair e desaparecer.

O problema é que outros escritores também tiveram suas próprias histórias. O escritor original de Hellblazer, Jamie Delano, disse que Constantine passou por ele do lado de fora do Museu Britânico em Bloomsbury; o escritor Peter Milligan o viu em uma festa em 2009; e Brian Azzarello o viu em um bar de Chicago, optando por evitá-lo.

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