Call of Duty: Modern Warfare 2 | Review















Call of Duty: Modern Warfare 2 | Review

Quando pensamos em Call of Duty, a subfranquia Modern Warfare é certamente um dos principais nomes que vêm à mente. Em 2019, a Activision e a Infinity Ward tomaram a arriscada decisão de reimaginar o jogo original de 2007, e os resultados encantaram críticos e fãs. Agora, Call of Duty: The Arrival of Modern Warfare 2 dará continuidade a um evento não relacionado ao jogo original de 2009, mas continua empenhado em continuar o legado de um dos atiradores mais amados dos últimos tempos.

A receita é bastante familiar e não foge muito da sua zona de conforto: o jogo traz uma campanha bastante cinematográfica e imersiva, com cerca de seis horas de duração, e uma variedade de modos multiplayer para todos os gostos. Mas será que a fórmula ainda se sustenta no mercado de hoje, que tem apostado cada vez mais em jogos Battle Royale e títulos free-to-play.


Entre erros e acertos

 A história do jogo traz de volta a Task Force 141 - agora uma equipe completa com personagens icônicos como Captain Price, Soap, Gaz e, claro, The Ghost. Desta vez, eles estão rastreando um extremista iraniano prestes a lançar um ataque terrorista envolvendo mísseis americanos contrabandeados. Portanto, eles devem rastrear sua localização e cooperar com outros grupos, comoforças especiais mexicanas e mercenários da Shadow Company.

Os jogadores assumem o papel de personagens como Soap e Gaz, que já são velhos conhecidos. No entanto, eles sempre acompanham seus superiores, como Price e o próprio Ghost, que sempre são os responsáveis por roubar a cena. É um dos raros casos em que não controlamos os verdadeiros protagonistas, de tão marcantes que são as suas participações ao longo da campanha.

Vale citar, também, que o jogo é bastante desafiador e pega os jogadores de surpresa em vários momentos, com inimigos saindo dos lugares mais improváveis, mesmo em corredores estreitos. Essas situações também colaboram para a imersão, já que o exigem que o jogador esteja atento a tudo que acontece à sua volta e aja com cautela.


A velha fórmula de multiplayer

Por muitos anos, Call of Duty foi sinônimo de modo multiplayer e o aspecto mais importante da decisão de compra dos jogos da série. Aqui, a Infinity Ward prefere jogar em uma zona de conforto e não traz grandes inovações para a fórmula, especialmente se comparar com o Modern Warfare de 2019. É o velho correr, atirar e morrer que os fãs já conhecem.

No entanto, o multiplayer traz a sensação de que ainda está incompleto e pode decepcionar muitos fãs neste período de lançamento. E isso não é para menos, já que existe a promessa de temporadas de conteúdo e atualizações de qualidade de vida que são inerentes a qualquer jogo como serviço atualmente. A diferença é que Modern Warfare 2 é um jogo pago e levanta questionamentos sobre ainda ser uma fórmula que se sustenta por si, visto que temos jogos como o próprio Warzone disponíveis gratuitamente.

Vale a pena?

Call of Duty: Modern Warfare 2 carrega um legado gigantesco, mas prefere ficar na zona de conforto e pode decepcionar pela ausência de novidades. A sua campanha traz uma história bastante previsível e menos impactante que a de seu antecessor, mas consegue entreter pela variedade de gameplay e excelente atuação dos personagens principais — que seguem bastante carismáticos. No entanto, a falta de polimento e constantes glitches podem ir na contramão da imersão pretendida.

Já o seu multiplayer, ainda que traga uma gameplay agradável e responsiva, está à mercê da condução da Infinity Ward a médio e longo prazo com atualizações de qualidade de vida e novos conteúdos, incluindo mapas.

Se você não é um jogador assíduo de Call of Duty e quer um jogo de tiro para curtir uma história sem muito compromisso, pode garantir algumas horas de diversão.